Momento de pausar blog e página.
Tensão, relaxamento, tensão,
relaxamento, tensão...
Assim como o silêncio valoriza o som,
assim como a inércia prepara o movimento, esta pausa permitirá acalentar,
germinar e desenvolver novos motivos para novas conversas.
Deixo com você, leitor ou leitora, um
poema de Cecília que muitos conhecem da página e que, tenho certeza, toca o seu
coração, do mesmo modo que o meu. É minha forma de agradecer pelo convívio.
Assovio
Ninguém abra a sua porta
para ver que aconteceu:
saímos de braço dado,
a noite escura mais eu.
Ela não sabe o meu rumo,
eu não lhe pergunto o seu:
não posso perder mais nada,
se o que houve já se perdeu.
Vou pelo braço da noite,
levando tudo que é meu:
– a dor que os homens me deram,
e a canção que Deus me deu.
[MEIRELES, Cecília. Viagem. São Paulo: Global, 2012.]
Até breve!
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