Como diz a versão brasileira de
certa canção bem conhecida¹, “então é Natal”. E cada um de nós vive (ou procura
ignorar) a data à sua maneira. Difícil, mesmo, é não comentá-la: uns a celebram,
outros a criticam; este assinala seu poder de renovação e esperança; aquele aponta
a contradição, posta em evidência nesta época, entre festividade e sofrimento, esbanjamento
e miséria. Ainda outro a toma por seu lado espiritual, diferentemente de seu
vizinho, que...
Enfim: cada qual, com seu modo de
ver, coloca-se em determinado ponto de uma linha imaginária que vai do espírito
à matéria, da dura realidade ao sonho, das trevas mais densas à mais luminosa
utopia.
Quero deixar a você, leitor e/ou
leitora, uma amostra desse prisma de ideias, na palavra de três escritores
brasileiros. Visitem comigo a dura escrita de Rubem Braga, depois a barca impregnada
de simbolismos e presságios de Lygia Fagundes Telles e, por último, a miragem
idílica de Cecília Meireles. São textos que têm o condão de apurar a
sensibilidade e alimentar reflexão.
Boa leitura!¹Happy Xmas (War Is Over), de John Lennon e Yoko Ono; versão de Claudio Rabello
Conto de
Natal
Sem dizer uma palavra, o homem
deixou a estrada andou alguns metros no pasto e se deteve um instante diante da
cerca de arame farpado. A mulher
seguiu-o sem compreender, puxando pela mão o menino de seis anos.
– Que é?
O homem apontou uma árvore do
outro lado da cerca.Curvou-se,
afastou dois fios de arame e passou. O
menino preferiu passar deitado, mas uma ponta de arame o segurou pela camisa. O pai agachou-se zangado:
– Porcaria...
Tirou o espinho de arame da
camisinha de algodão e o moleque escorregou para o outro lado. Agora era preciso passar a
mulher. O homem olhou-a um momento do outro lado da cerca e procurou depois com
os olhos um lugar em que houvesse um arame arrebentado ou dois fios mais
afastados.
– Péra aí...
Andou para um lado e outro e
afinal chamou a mulher. Ela
foi devagar, o suor correndo pela cara mulata, os passos lerdos sob a enorme
barriga de 8 ou 9 meses.
–Vamos ver aqui...
Com esforço ele afrouxou o arame
do meio e puxou-o para cima
Com o dedo grande do pé fez
descer bastante o de baixo.
Ela curvou-se e fez um esforço
para erguer a perna direita e passá-la para o outro lado da cerca.Mas caiu sentada num torrão de
cupim!
– Mulher!
Passando os braços para o outro
lado da cerca o homem ajudou-a a levantar-se. Depois
passou a mão pela testa e pelo cabelo empapado de suor.
– Péra aí...
Arranjou afinal um lugar melhor,
e a mulher passou de quatro, com dificuldade. Caminharam
até a árvore, a única que havia no pasto, e sentaram-se no chão, à sombra,
calados.
O sol ardia sobre o pasto
maltratado e secava os lameirões da estrada torta. O
calor abafava, e não havia nem um sopro de brisa para mexer uma folha.
De tardinha seguiram caminho, e
ele calculou que deviam faltar umas duas léguas e meia para a fazenda da Boa
Vista quando ela disse que não aguentava mais andar. E
pensou em voltar até o sítio de «seu» Anacleto
– Não...
Ficaram parados os três, sem
saber o que fazer, quando começaram a cair uns pingos grossos de chuva. O menino choramingava.
– Eh, mulher...
Ela não podia andar e passava a mão pela
barriga enorme. Ouviram então o guincho de
um carro de bois.
– Oh, graças a Deus...
Às 7 horas da noite, chegaram com
os trapos encharcados de chuva a uma fazendinha.
O temporal pegou-os na estrada e entre os trovões e relâmpagos a mulher dava
gritos de dor.
– Vai ser hoje, Faustino, Deus me
acuda, vai ser hoje.
O carreiro morava numa casinha de
sapé, do outro lado da várzea. A
casa do fazendeiro estava fechada, pois o capitão tinha ido para a cidade há
dois dias.
– Eu acho que o jeito...
O carreiro apontou a estrebaria. A pequena família se arranjou
lá de qualquer jeito junto de uma vaca e um burro.
No dia seguinte de manhã o
carreiro voltou. Disse que tinha ido pedir uma
ajuda de noite na casa de “siá” Tomásia, mas “siá” Tomásia tinha ido à festa na
Fazenda de Santo Antônio. E ele não
tinha nem querosene para uma lamparina, mesmo se tivesse não sabia ajudar nada. Trazia quatro broas velhas e
uma lata com café.
Faustino agradeceu a boa vontade. O menino tinha nascido. O
carreiro deu uma espiada, mas não se via nem a cara do bichinho que estava
embrulhado nuns trapos sobre um monte de capim cortado, ao lado da mãe
adormecida.
– Eu de lá ouvi os gritos. Ô
Natal desgraçado!
– Natal?
Com a pergunta de Faustino a
mulher acordou.
– Olhe, mulher, hoje é dia de
Natal. Eu nem me lembrava...
Ela fez um sinal com a cabeça:
sabia. Faustino de repente riu. Há
muitos dias não ria, desde que tivera a questão com o Coronel Desidério que
acabara mandando embora ele e mais dois colonos. Riu
muito, mostrando os dentes pretos de fumo:
– Eh, mulher, então “vâmo” botar
o nome de Jesus Cristo!
A mulher não achou graça. Fez uma
careta e penosamente voltou a cabeça para um lado, cerrando os olhos. O menino de seis anos tentava
comer a broa dura e estava mexendo no embrulho de trapos:
– Eh, pai, vem vê...
– Uai! Péra aí...
O menino Jesus Cristo estava morto.
BRAGA, Rubem. In "Nós e o Natal". Rio de Janeiro: Artes Gráficas, 1964. Disponível em www.releituras.com/rubembraga_contonatal.asp
Natal na barca
Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava
naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia
bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro
passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma
mulher com uma criança e eu.
O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no
banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher
estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era
uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça
dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.
Pensei em falar-lhe assim que entrei na barca. Mas já
devíamos estar quase no fim da viagem e até aquele instante não me ocorrera
dizer-lhe qualquer palavra. Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada,
tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo. Estávamos sós. E o melhor ainda
era não fazer nada, não dizer nada, apenas olhar o sulco negro que a embarcação
ia fazendo no rio.
Debrucei-me na grade de madeira carcomida. Acendi um
cigarro. Ali estávamos os quatro, silenciosos como mortos num antigo barco de
mortos deslizando na escuridão. Contudo, estávamos vivos. E era Natal.
A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou
para o rio. Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no
rosto, inclinei-me mais até mergulhar as pontas dos dedos na água.
– Tão gelada – estranhei, enxugando a mão.
– Mas de manhã é quente.
Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me
observava com um meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos
olhos claros, extraordinariamente brilhantes. Reparei que suas roupas (pobres
roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.
– De manhã esse rio é quente – insistiu ela, me
encarando.
– Quente?
– Quente e verde, tão verde que a primeira vez que lavei
nele uma peça de roupa pensei que a roupa fosse sair esverdeada. É a primeira
vez que vem por estas bandas?
Desviei o olhar para o chão de largas tábuas gastas. E
respondi com uma outra pergunta
– Mas a senhora mora aqui perto?
–Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes,
mas não esperava que justamente hoje...
A criança agitou-se, choramingando. A mulher apertou-a
mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um
brando movimento de cadeira de balanço. Suas mãos destacavam-se exaltadas sobre
o xale preto, mas o rosto era sereno.
– Seu filho?
– É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de
Lucena achou que eu devia ver um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem,
mas piorou de repente. Uma febre, só febre... Mas Deus não vai me abandonar.
– É o caçula?
Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo,
mas o olhar tinha a expressão doce.
– É o único. O meu primeiro morreu o ano passado. Subiu
no muro, estava brincando de mágico quando de repente avisou, vou voar! E
atirou-se. A queda não foi grande, o muro não era alto, mas caiu de tal
jeito... Tinha pouco mais de quatro anos.
Joguei o cigarro na direção do rio e o toco bateu na
grade, voltou e veio rolando aceso pelo chão. Alcancei-o com a ponta do sapato
e fiquei a esfregá-lo devagar. Era preciso desviar o assunto para aquele filho
que estava ali, doente, embora. Mas vivo.
– E esse? Que idade tem?
– Vai completar um ano. – E, noutro tom, inclinando a
cabeça para o ombro: – Era um menino tão alegre. Tinha verdadeira mania com
mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado... A última mágica
que fez foi perfeita, vou voar! disse abrindo os braços. E voou.
Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem
lembranças, sem piedade. Mas os laços (os tais laços humanos) já ameaçavam me
envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. E agora não tinha forças
para rompê-los.
– Seu marido está à sua espera?
– Meu marido me abandonou.
Sentei-me e tive vontade de rir. Incrível. Fora uma
loucura fazer a primeira pergunta, porque agora não podia mais parar, ah!
aquele sistema dos vasos comunicantes.
– Há muito tempo? Que seu marido...
– Faz uns seis meses. Vivíamos tão bem, mas tão bem. Foi
quando ele encontrou por acaso essa antiga namorada, me falou nela fazendo uma
brincadeira, a Bila enfeiou, sabe que de nós dois fui eu que acabei ficando
mais bonito? Não tocou mais no assunto. Uma manhã ele se levantou como todas as
manhãs, tomou café, leu o jornal, brincou com o menino e foi trabalhar. Antes
de sair ainda fez assim com a mão, eu estava na cozinha lavando a louça e ele
me deu um adeus através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis
abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio...
Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma
carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha.
Sou professora.
Olhei as nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção
do rio. Incrível. Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num
tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não
bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho,
o marido, via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E
ali estava sem a menor revolta, confiante. Apatia? Não, não podiam ser de uma
apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. Inconsciência? Uma
certa irritação me fez andar.
– A senhora é conformada.
– Tenho fé, dona. Deus nunca me abandonou.
– Deus – repeti vagamente.
– A senhora não
acredita em Deus?
– Acredito – murmurei. E ao ouvir o som débil da minha
afirmativa, sem saber por que, perturbei-me. Agora entendia. Aí estava o
segredo daquela segurança, daquela calma. Era a tal fé que removia montanhas...
Ela mudou a posição da criança, passando-a do ombro
direito para o esquerdo. E começou com voz quente de paixão:
– Foi logo depois da morte do meu menino. Acordei uma
noite tão desesperada que saí pela rua afora, enfiei um casaco e saí descalça e
chorando feito louca, chamando por ele! Sentei num banco do jardim onde toda
tarde ele ia brincar. E fiquei pedindo, pedindo com tamanha força, que ele, que
gostava tanto de mágica, fizesse essa mágica de me aparecer só mais uma vez,
não precisava ficar, se mostrasse só um instante, ao menos mais uma vez, só
mais uma! Quando fiquei sem lágrimas, encostei a cabeça no banco e não sei como
dormi. Então sonhei e no sonho Deus me apareceu, quer dizer, senti que ele
pegava na minha mão com sua mão de luz. E vi o meu menino brincando com o
Menino Jesus no jardim do Paraíso. Assim que ele me viu, parou de brincar e
veio rindo ao meu encontro e me beijou tanto, tanto... Era tamanha sua alegria
que acordei rindo também, com o sol batendo em mim.
Fiquei sem saber o que dizer. Esbocei um gesto e em
seguida, apenas para fazer alguma coisa, levantei a ponta do xale que cobria a
cabeça da criança. Deixei cair o xale novamente e voltei-me para o rio. O
menino estava morto. Entrelacei as mãos para dominar o tremor que me sacudiu.
Estava morto. A mãe continuava a niná-lo, apertando-o contra o peito. Mas ele
estava morto.
Debrucei-me na grade da barca e respirei penosamente: era
como se estivesse mergulhada até o pescoço naquela água. Senti que a mulher se
agitou atrás de mim.
– Estamos chegando – anunciou.
Apanhei depressa minha pasta. O importante agora era
sair, fugir antes que ela descobrisse, correr para longe daquele horror.
Diminuindo a marcha, a barca fazia uma larga curva antes de atracar. O
bilheteiro apareceu e pôs-se a sacudir o velho que dormia:
- Chegamos!... Ei! Chegamos
Aproximei-me evitando encará-la.
– Acho melhor nos despedirmos aqui – disse
atropeladamente, estendendo a mão.
Ela pareceu não notar meu gesto. Levantou-se e fez um
movimento como se fosse apanhar a sacola. Ajudei-a, mas ao invés de apanhar a
sacola que lhe estendi, antes mesmo que eu pudesse impedi-lo, afastou o xale
que cobria a cabeça do filho.
– Acordou o dorminhoco! E olha aí, deve estar agora sem
nenhuma febre.
– Acordou?!
Ela sorriu:
– Veja...
Inclinei-me. A criança abrira os olhos – aqueles olhos
que eu vira cerrados tão definitivamente. E bocejava, esfregando a mãozinha na
face corada. Fiquei olhando sem conseguir falar.
– Então, bom Natal! – disse ela, enfiando a sacola no
braço.
Sob o manto preto, de pontas cruzadas e atiradas para
trás, seu rosto resplandecia. Apertei-lhe a mão vigorosa e acompanhei-a com o
olhar até que ela desapareceu na noite.
Conduzido pelo bilheteiro, o velho passou por mim
retomando seu afetuoso diálogo com o vizinho invisível. Saí por último da
barca. Duas vezes voltei-me ainda para ver o rio. E pude imaginá-lo como seria
de manhã cedo: verde e quente. Verde e quente.
TELLES,
Lygia Fagundes. In Para gostar de ler –
Volume 9 – Contos. São Paulo: Ática, 1984.
Natal na
Ilha do Nanja
Na Ilha do Nanja, o Natal
continua a ser maravilhoso. Lá ninguém
celebra o Natal como o aniversário do Menino Jesus, mas sim como o verdadeiro
dia do seu nascimento.Todos os
anos o Menino Jesus nasce, naquela data, como nascem no horizonte, todos os
dias e todas as noites, o sol e a lua e as estrelas e os planetas... Na Ilha do Nanja, as pessoas
levam o ano inteiro esperando pela chegada do Natal.
Sofrem doenças, necessidades, desgostos como se andassem sob uma chuva de
flores, porque o Natal chega: e, com ele, a esperança, o consolo, a certeza do
Bem, da Justiça, do Amor. Na Ilha do
Nanja, as pessoas acreditam nessas palavras que antigamente se denominavam
"substantivos próprios" e se escreviam com letras maiúsculas. Lá, elas continuam a ser
denominadas e escritas assim.
Na Ilha do Nanja, pelo Natal, todos vestem uma
roupinha nova – mas uma roupinha barata, pois é gente pobre – apenas pelo
decoro de participar de uma festa que eles acham ser a maior da humanidade. Além da roupinha nova, melhoram
um pouco a janta, porque nós, humanos, quase sempre associamos à alegria da
alma um certo bem-estar físico, geralmente representado por um pouco de doce e
um pouco de vinho.Tudo, porém, moderadamente, pois
essa gente da Ilha do Nanja é muito sóbria.
Durante o Natal, na Ilha do Nanja, ninguém
ofende o seu vizinho – antes, todos se saúdam com grande cortesia, e uns dizem
e outros respondem no mesmo tom celestial: "Boas Festas! Boas Festas!"
E ninguém pede contribuições
especiais, nem abonos nem presentes – mesmo porque se isso acontecesse, Jesus
não nasceria. Como podia Jesus nascer num
clima de tal sofreguidão? Ninguém
pede nada. Mas todos dão qualquer coisa, uns mais, outros menos, porque todos
se sentem felizes, e a felicidade não é pedir nem receber: a felicidade é dar. Pode-se dar uma flor, um
pintinho, um caramujo, um peixe – trata-se de uma ilha, com praias e pescadores! – uma cestinha de ovos, um
queijo, um pote de mel... É como se a
Ilha toda fosse um presepe. Há mesmo
quem dê um carneirinho, um pombo, um verso!
Foi lá que me ofereceram, certa vez, um raio de sol!
Na Ilha de Nanja, passa-se o ano
inteiro com o coração repleto das alegrias do Natal.
Essas alegrias só esmorecem um pouco pela Semana Santa, quando de repente se
fica em dúvida sobre a vitória das Trevas e o fim de Deus. Mas logo rompe a Aleluia, vê-se
a luz gloriosa do Céu brilhar de novo, e todos voltam para o seu trabalho a
cantar, ainda com lágrimas nos olhos.
Na Ilha do Nanja é assim. Arvores de Natal não
existem por lá. As crianças brincam com
pedrinhas, areia, formigas: não sabem que há pistolas, armas nucleares, bombas
de 200 megatons. Se soubessem disso, choravam.
Lá também ninguém lê histórias em quadrinhos. E
tudo é muito mais maravilhoso, em sua ingenuidade. Os
mortos vêm cantar com os vivos, nas grandes festas, porque Deus imortaliza,
reúne, e faz deste mundo e de todos os outros uma coisa só.
É assim que se pensa na Ilha do
Nanja, onde agora se festeja o Natal.
MEIRELES, Cecília. In Quadrante 1. Rio de
Janeiro: Editora do Autor, 5ª edição.
Leitor, leitora, qual sua ideia de
Natal?
E como você a registraria: em verso, em prosa? Em uma canção? Em
pintura, talvez? Ou preferiria a dança?
Qualquer que seja sua forma de se expressar,
desejo-lhe que as reflexões e registros natalinos acolham e promovam a paz e a
fraternidade entre os homens.
Meu abraço.
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